quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A espera de um novo tempo da Filosofia no Brasil

A espera é um parodoxo? Ou o tempo? A espera não seria a expectativa de algo almejado que ainda vai acontecer num tempo futuro? A questão da temporalidade nos remete a diversas inquietações: quanto tempo tem o tempo? Será que quanto mais espero menos tempo terei que esperar? Mas, qual a medida do tempo? O tempo é temporal? Ou nós é que demos temporalidade ao tempo? Mas, afinal de que tempo estamos falando? O tempo subjetivo? O tempo cronológico? O tempo de uma eternidade? Ou será o tempo fugídio? O tempo é passado, presente, futuro? Ou apenas o agora, o instante vivido?
Por que a cada dia, corremos contra o tempo? O tempo dita o tempo? Estamos acorrentados ao tempo, escravizados às horas, nos conferindo regras, ordens, esvaziamentos, subestimando precariamente a condição do tempo subjetivo que ainda tempos. Sempre achamos que não temos tempo... pois, tudo é instável, tudo é versátil, tudo passa...
E o tempo virtual? Um tempo em que o ontem, o hoje e o amanhã se confabulam entre si, perdemos a noção de tempo quando estamos diante de um tempo que ainda não compreendemos, um tempo numa relação síncrona e assíncrona, onde a noção do instante, do agora se confundem...estamos em diversos tempos ao mesmo tempo.
A questão do tempo me fascina, me seduz! Gostaria muito de debruçar estudos sobre o tempo, às vezes, me pergunto: será o problema metodológico do ensino de filosofia um problema temporal? Onde ao nos debruçarmos sobre a História da Filosofia (tempo objetivo) e a Filosofia através de temas filosóficos (tempo subjetivo), traduzimos o confronto entre a objetividade e a subjetividade vividas por todos nós?
E você aí, tem tempo para pensar no novo tempo da Filosofia no Brasil? Agora, só nos resta... dar tempo ao tempo...
Quando tiver tempo, vamos ao longo do tempo, dialogar sobre o tempo...

Um comentário:

  1. se a filosofia nasce com o espanto, com o questionamento do que até então parecia comum, então, certamente, és filósofa! e das mais produtivas: inesgotável fonte de perguntas provocadoras de outras e outras e outras. és incansável e não me canso de te ver assim plena, transbordando um tipo de filosofia que, ao que me parece, só faz germinar outras tantas inquietações naqueles que se abrem para o seu tempo, o da criação. parabéns.

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